Eu sempre estendi as mãos
para as borboletas...
Abria os braços
para o passado saudoso...
para o futuro sonhado...
mas nunca tocaram em mim.
Hoje, fiquei imóvel
e uma pousou no meu pé.
Todas as cartas de amor sãoRidículas.Não seriam cartas de amor se não fossemRidículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,Como as outras,Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,Têm de serRidículas.
Mas, afinal,Só as criaturas que nunca escreveramCartas de amorÉ que sãoRidículas.
Quem me dera no tempo em que escreviaSem dar por issoCartas de amorRidículas.
A verdade é que hojeAs minhas memóriasDessas cartas de amorÉ que sãoRidículas.